domingo, 25 de janeiro de 2015

Projeto Lendo o Mundo





Olá mundo!! Que tal começarmos 2015 (apesar de já estarmos no final do mês) com um projeto de leitura que tem TUDO a ver com o blog? 

Para mim, a segunda melhor forma de viajar é através dos livros (a primeira, é claro, é pegando as malas e saindo de casa rumo ao desconhecido). E quando falo em livros, não me refiro apenas ao viajar por mundos fantásticos e/ou descrições dos lugares cenários de um romance e a cultura de uma sociedade personagem desses tais livros. Mas também, sobre a possibilidade de ler o mundo pelos olhos (palavras) de diferentes escritores, de diferentes países. Afinal, estamos bastante familiarizados com a literatura/cultura brasileira, americana (EUA) e a inglesa, né? Mas e a literatura/cultura eslovena, coreana, equatoriana, e nigeriana? eaheaheahea Eu, pelo menos, nunca li nada desses  países e nem conheço obras ou autores para poder citar aqui, e você?

Por isso, quando li sobre o Projeto Lendo o Mundo no blog Literature-se, inspirado no projeto A volta ao mundo em 198 livros do blog Viaggiando e no A year of reading the World da Ann Morgan, cuja ideia geral é ler um livro de um autor de cada um dos 198 países (os 193 países membros da ONU e seus dois estados-observadores - Palestina e Vaticano -, além de Kosovo, Taiwan e Saara Ocidental), minha reação foi tipo...

Sempre crio metas de leituras aleatórias e temáticas, mas até hoje nunca consegui finalizar nenhuma com sucesso. Acabo mudando o foco no meio do caminho e escolhendo outros livros para ler e, assim, deixando muitos livros da minha estante eternamente com o status de "não lidos". Por isso, para o Projeto Lendo o Mundo resolvi começar com os livros que já tenho na estante. Ao todo, foram apenas 12 que se encaixavam na proposta, então o intuito é ler pelo menos um em cada mês desse ano, intercalando com outros leituras que eu achar interessantes no meio da viagem e também com os sorteados na minha TBR Jar. Mas tudo isso sem pressa e/ou cobrança, se não conseguir concluir esse ano, deixo para o próximo e está tudo ótimo! E quando eu terminar de ler esses 12 livros, farei uma parte 2 do projeto com mais 12 livros que irei caçar nesse meio tempo e assim eternamente até ler pelo menos um livro de cada país do mundo \ò_ó/. 

Como a Mell Ferraz do blog Literature-se falou no post dela, este não é um projeto para o ano, nem nada com uma meta pré-estabelecida, é sim, um projeto para a vida. E aqui eu complemento ser um projeto para enriquecer a vida, a alma, o conhecimento, a cultura e o coração de um leitor.

Então, eis a lista dos selecionados que já se encontram na minha estante:

África do Sul: Cotoco, de John van de Ruit 
Austrália: Bela Maldade, de Rebecca James 
Bélgica: O Assassino sem rosto, de Simenon
Colômbia: Cem Anos de Solidão, de Gabriel Garcia Márquez (LIDO em Agosto/2015)
Dinamarca: O último homem bom, de A. J. Kazinski    
Espanha: A Sombra do Vento, de Carlos Ruiz Zafon (LIDO em Fevereiro/2015)
Irlanda: P.S. Eu te amo, de Cecelia Ahern  
Japão: 1Q84, de Haruki Murakami 
Noruega: O Dia do Curinga, de Jostein Gaarder (LIDO em Abril/2015)
República Tcheca: O Processo, de Franz Kafka
Rússia: O Jogador, de Dostoiévski 
Suécia: Os Homens que não amavam as mulheres, de Stieg Larsson  

Já estou lendo A Sombra do Vento (leitura iniciada no ano passado, que parei por um tempo e agora estou retomando), e super empolgada para conhecer autores de todas as partes do mundo. Já li outros livros de alguns dos autores que estão nessa lista,  e até outros autores dos países citados, mas não quis contar com essas leituras anteriores para o projeto e partir do zero. E também não tenho uma ordem exata de leitura, vai ser no modo aleatório mesmo hehe. Quem tiver boas indicações de autores estrangeiros e também de livros que se passam em outros países (sejam no contexto de viagens ou não), deixa aqui nos comentários que eu vou adorar conhecer!!

E quem quiser acompanhar o que ando lendo e as atualizações da minha estante, é só me Adicionar/Seguir no Skoob.

Até a próxima e boas leituras!

sábado, 10 de janeiro de 2015

Os últimos filmes que assisti

Olá, para começar o ano de 2015 bem produtivo por aqui, vim contar sobre os cinco últimos filmes que eu assisti, ou em outras palavras, os primeiros filmes do ano. 






















Mesmo se nada der certo: O filme se passa em Nova York e gira em torno dessas duas pessoinhas ai da foto. Gretta (Keira Knightley), uma cantora e compositora talentosa, mas momentaneamente sem nenhuma autoestima e confiança após ser abandonada pelo namorado, que é o novo rockstar dos EUA (personagem do Adam Levine, vocalista do Maroon 5). E Dan (Mark Ruffalo) um produtor musical (ou algo do tipo) decadente, bêbado e desempregado. E do encontro dos dois promovido pelo destino (de estarem no lugar certo na hora certa) é que a história do filme se desenrola, um ajudando o outro a conseguirem se superar essa maré de azar onde nada está dando certo para eles.
Daí vem uma sacada inteligente da tradução para o português do título original do filme, "Begin again" mesmo se nada der certo. 
É um filme bem leve e despretensioso, para ver sem precisar pensar muito, só admirando a paisagem, a fotografia, as músicas, se envolvendo com os personagens e sorrindo quando tudo começa a finalmente dar certo para eles, de uma forma bem simples. 
Ainda fazendo trocadilho com o título do filme, eu diria que esta é uma versão que deu certo de um outro filme do mesmo diretor, John Carney, que possui a mesma temática, mas na minha opinião, não deu muito certo. Falarei mais sobre isso no final do post.






















A Onda: Ótima indicação da Lully no vídeo "3 filmes Alemães para entender o Nazismo", que acho  é um daqueles filmes que todo mundo deveria assistir, sabe? Igual ao livro 1984 do George  Orwell, todo mundo deveria ler, porque é incrível e tem uma discussão atemporal sobre a nossa sociedade!! 
O enredo de "Die Welle" se passa na Alemanha atual e é baseado numa história real que aconteceu nos EUA. Um professor do Ensino Médio precisa ensinar sobre autocracia para seus alunos. O método que ele utilizou para isso e para despertar o interesse de todos, foi destrinchar o que é autocracia e iniciar um experimento de real prática do fascismo e poder (meio que sem eles se darem conta do que realmente aquele experimento queria provar), coisa que os alunos achavam que nunca mais na história da Alemanha aconteceria novamente (uma ditadura) porque o povo já estava  "vacinado" contra isso. Só que o professor usou todas as características de manipulação através do discurso para convencer eles dos benefícios da disciplina, da união, da igualdade, etc, para a construção d'A Onda'. E ai o movimento foi crescendo, o sentimento de pertencimento a uma causa e a um grupo foram aumentando, espaços vazios e problemáticos na personalidade de cada um foram sendo preenchidas por um "propósito" maior, e aos poucos tudo foi saindo do controle.
O filme traz uma reflexão importante sobre a necessidade de se respeitar as individualidades e as diferenças sociais, a ter pensamento crítico e analisar tudo de forma dialética (uma das principais coisas que aprendi na faculdade) e, principalmente, tolerância e respeito às opiniões contrárias às nossas e ao senso comum. Sendo que o próprio senso comum é questionável por ser construido a partir da manipulação por aqueles que detém o poder, da informação e dos próprios sentimentos da sociedade. Sendo que o que nós mais vemos hoje em dia são tórridas discussões na internet carregadas desse "fascismo" não declarado sobre esquerdistas contra direitistas, e vice-versa. No exemplo do filme, ninguém enxergava com clareza o que estava acontecendo ali, naquele experimento, mesmo que houvesse quem lutar com argumentos válidos para acabar com isso, estavam todos cegos num ideal de sociedade perfeita. 
Enfim, é um filme que vale super a pena assistir, não só para compreender um pouco mais sobre o nazismo, mas também para compreender a nossa sociedade e os regimes políticos. Gostei bastante e achei a narrativa dele bem diferente do que estamos acostumados a ver nos filmes americanos, coisas do cinema europeu, será?


Histórias Cruzadas: Um drama de injustiça social, de preconceito, de racismo, de intolerância, de ignorância, de como a "sociedade" estipula padrões de comportamento a serem seguidos e de como se você se encontrar a margem dela e/ou cometer um deslize sequer de conduta, você é excluído e ridicularizado por essa sociedade de status social e padrões de superficialidade. A personagem da Emma Stone (adoro essa atriz) é uma das exceções a regra na cidade de Jackson, Mississippi em 1962, que resolve escrever um livro com relatos das empregadas domésticas negras da cidade. Assim conhecemos Aibileen e Minny (na verdade, pela narrativa, já as conhecemos antes) que serão as grandes personagens do livro de memórias chamado "The Help" e desse filme homônimo. Uma sinopse bem resumida, para esse filme que aborda uma perspectiva da realidade enfrentada e da luta pelos direitos civis nos EUA. 
Gostei e recomendo, as cores do filme são lindas, e a narrativa também. Esse filme também entrou na minha lista de "Quero ver" por indicação da Lully no vídeo "5 filmes para conhecer a Emma Stone", mas apesar de ter gostado do filme, não me cativou o coração e arrancou lágrimas de emoção, sabe?


Medianeras: Concorrendo junto com "A Onda" pelo título de melhor filme dessa lista, eu não esperava nada desse filme, nem sabia ao certo sobre o que realmente se tratava, tinha lido a sinopse por alto sobre pessoas que eram o par perfeito uma para a outra mas que estavam separadas por uma parede (imaginei que elas eram vizinhas, mas na verdade elas eram separadas pela tal da medianera - aquela parede dos prédios sem janelas que geralmente são ocupadas por propagandas enormes, pintura descascada e manchadas de poluição -.), e não se conheciam apesar de sempre se encontrarem sem saber que estavam se encontrando. A narrativa é feita por ambos personagens e um terceiro, sujeito oculto onisciente e onipresente na vida de ambos (posso usar conhecimentos gerais de português/literatura para a linguagem cinematográfica?). E eu adorei a narrativa, me lembra "O fabuloso destino de Amelie Poulain" e os filmes do Wes Anderson que assisti no final do ano passado. Também adorei as imagens dos prédios, da cidade, dos detalhes, aquela fotografia parada que na verdade é um vídeo de poucos segundos como se fosse uma apresentação de slides mas na verdade as imagens estão se movimentando com o vento e o tempo (não sei dar nome aos bois, algum dia estudarei cinema e saberei do que estou falando). Adorei também as referências, os diálogos, a apresentação do cotidiano como se fosse algo extraordinário, a coincidência da vida de duas pessoas totalmente estranhas e como elas acabam se encontrando no final das contas como em um conto de fadas, só para lembrar que estamos falando sobre amor e romance e um filme sempre precisa de um toque disso para nos fazer dizer/pensar/sentir um "ooh" de suspiro romântico. 
Vale também ressaltar que este é um filme argentino, e se passa em Buenos Aires. 





















Apenas uma vez: Taí o filme que eu falei lá no começo, "Once" é do mesmo diretor/roteirista de "Mesmo se nada der certo", só que lançado em 2006, o que faz desse o filme com a ideia original retrabalhada no outro. Enfim, a mesma história de dois músicos talentosos passando por momentos difíceis na vida, que se encontram por acaso pela cidade e se ajudam mutuamente a crescer tanto pessoalmente, como profissionalmente. Juntos eles cantam, compõem, tocam, passeiam, vivem seus dramas pessoais e no final seguem sua vida. Como acontece em "Mesmo se nada der certo", os personagens principais não formam um par romântico (desculpas pelo spoiler), mas não formam mesmo e isso não é algo que você espera, porque tá na cara que não é para ser assim e seria muita forçação de barra se o roteirista fizesse isso com eles.
No geral, eu não gostei do filme, achei bem chato para falar a verdade, talvez por não ter gostado das músicas, da atuação, dos personagens, dos seus dramas, ou por eu ter visto um filme infinitamente melhor antes. O único ponto que seria positiva para o filme, é o de se passar em Dublin, na Irlanda, cidade que quero muuuuuuito visitar um dia. Mas até isso eles conseguiram deixar meio sem graça, sem cor, sem vida, sei lá. Não gostei. Se você tiver uma opinião diferente, por favor não me mate hehehe e deixe nos comentários o que achou, tanto desse, quanto dos outros filmes também. :)


E é isso, esses foram os 5 filmes que assisti até agora em 2015. Já tenho muitos outros na lista para ver, um Netflix inteirinho para assistir e aguardando algumas estreias legais no cinema para esse ano. Para acompanhar o que ando assistindo em termos de cinema, séries e animes, é só me adicionarem no Filmow e no Orangotag.

Até a próxima, e um 2015 recheado de ótimos filmes para vocês!!

ps: Todos os filmes (com exceção de "Mesmo se nada der certo") foram vistos no netflix,

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Um passeio por Westeros e Essos com o mapa interativo de Game of Thrones!

Olá pessoas, na primeira postagem do blog eu falei sobre a arte de viajar pelos livros, séries e até mesmo pelo Google Earth, né? Acabei não explicando detalhadamente a ideia geral do blog (farei isso em breve), mas hoje vi uma notícia no Olhar Digital que é um ótimo exemplo do que quero compartilhar por aqui.

Estou falando do "A Song of Ice and Fire speculative World Map", um mapa interativo de Game of Thrones. *-*



O mapa, que é tipo um Google Maps dos Seven Kingdoms, informa a (possível) localização das cidades, florestas, desertos, a muralha, e todos os outros lugares do universo criado por George R. R. Martin. Inclusive a localização e áreas de domínio de cada casa (das famílias que vivem se matando pelo trono) na história, clicando em e . Os ícones dos lugares no mapa são clicáveis e te levam à Wiki da Série para mais informações. E também há uma legenda de interpretação do mapa no topo direito e no canto inferior esquerdo com maiores informações sobre esse fan project.

Além disso, o mais legal de tudo é que  você pode escolher um personagem e acompanhar o caminho que ele percorre durante a série, tipo as desventuras da Arya por Westeros ou a Daenerys jogando War em Essos!

Mas, se você é como eu que só acompanha a série e ainda não leu os livros ou está começando a ler/ver GoT agora, o mapa tem um sistema anti-spoilers, onde você  pode marcar em Spoilers Through até qual episodio assistiu, ou até qual capítulo do livro leu. Assim, você não tem desagradáveis surpresas de saber que seu personagem favorito morreu  ou que fulaninho de tal da casa dos sei lá quem saiu de King's Landing e foi parar WTF WHYYY??? lá do outro lado da muralha...

Gostei bastante do projeto, principalmente porque enquanto assisto a série, são tantos personagens e histórias paralelas, que fico completamente perdida na trocas de cenas ou na própria logística da coisa toda quando planejam  uma guerra, ou viajam para algum lugar de nome estranho.  Então, com o mapa, podemos nos situar da localização de cada personagem em cada momento  e assim entender um pouco mais da história.

Espero que tenham gostado da dica.

Até a próxima!



quarta-feira, 2 de abril de 2014

Quem lê, viaja pelo mundo. Quem viaja, lê o mundo.

É com esse pensamento do título que escrevo o primeiro post do blog que tanto tempo demorou a deixar de ser um simples projeto imaginário para, enfim, se tornar um projeto real.

Eu gostaria de falar sobre o mundo e sobre viagens, mas não viajo tanto assim. Gostaria também de escrever sobre as coisas que eu gosto (livros, filmes, séries, animes, mangás), mas já existem vários blogs no mundo da internet sobre o assunto com ótimas resenhas que as minhas singelas opiniões não seriam conteúdo suficiente para um post decente. Então, por que não escrever sobre as viagens pelo mundo que fazemos ao assistir um filme, ler um livro, ou simplesmente navegar por horas no Google Earth? Né!? HÁ!!! Bingoo!! \o/

Lá pelos primeiros períodos da faculdade de Turismo tive a ideia do blog após estudar um pouco sobre Turismo Cinematográfico e ver eu acho o filme “Vicky, Cristina, Barcelona”. Mas, como eu disse no começo do post, tanto tempo (vulgo, uns 4 anos) passou e só agora resolvi tomar vergonha na cara e colocar o plano em prática. E por que, só agora? Por que estou em pleno desenvolvimento de trabalho de conclusão do curso. Último período (digo, período depois do último período, porque era para eu ter me formado semestre passado cof cof) . E meu TCC é, justamente, sobre Turismo e Literatura. Nessas horas, entre pesquisas dali e leituras daqui que a sua necessidade inconsciente de procrastinar resolve ativar o botão da criatividade para coisas aleatórias e você se vê criando um blog.

Então, caros mundivagantes, sem mais delongas, sejam todos muito bem vindos ao Marul pelo mundo. Peguem um livro na estante, acomodem-se confortavelmente e deixem-se viajar pelo mundo da imaginação. E essa foi uma poética forma de dizer “esperem sentados pelo próximo post”